Pesquisadores, filósofos, futurólogos e cientistas de diversas áreas têm apontado que a tecnologia em sua generalidade têm trazido para a sociedade grandes benefícios em termos de informação e conhecimento, já em relação as empresas as tecnologias significaram maior produtividade e ganho de competitividade. O avanço tecnológico, principalmente no campo da ciência da computação e da informação, com o desenvolvimento de softwares inteligentes, motores de buscas, cloud computing, Banco de Dados e outros. Uma outra área que merece ser destacada é a engenharia médica, com inovação em aparelhos e sistemas que permite um diagnóstico preciso e assim indica o melhor tratamento para as doenças. A inovação tecnológica tornou-se um indicador de extrema relevância para crescimento de uma nação. Os países que possuem um alto grau de desenvolvimento tecnológico são aqueles que detêm os melhores índices de qualidade de vida, tais como: o menor grau de mortalidade infantil, maior nível de escolaridade, a renda é distribuída de maneira igualitária e os serviços públicos atendem de forma satisfatória. Isso seria a realidade desejada, mas países como a China, Índia, México e mesmo o Brasil começaram uma nova corrida para a inovação e o desenvolvimento de novas tecnologias, no entanto os indicadores de qualidade de vida não subiram na proporção adequada, não que ocorresse esse aumento, mas ele foi bem menor. Então, o que essa disparidade entre inovação tecnológica e desenvolvimento humano poder gerar no futuro de uma nação? podemos dizer de uma maneira menos acadêmica, que teremos uma massa de excluídos não só digitais, mas sim um grupo de seres humanos destituídos das necessidades mais básicas, que engloba a alimentação, saúde, moradia e principalmente o emprego. Este último quesito como mola mestre de qualquer economia pode desonerar o estado, quando não há contribuintes e ao mesmo tempo gerar um estado fraco em termos de recursos e investimentos. A inovação tecnológica depende de recursos e investimentos, sua grande maioria provêm de empresas privadas que criam produtos e serviços para atender o mercado consumidor. Na outra ponta, a necessidade da tecnologia pelas pessoas foi algo implantado pela indústria, principalmente pelo grande apelo publicitário e campanhas de marketing milionárias, gerando no íntimo da pessoas uma falsa sensação de que tudo que é tecnológico vai aliviar os desejos e angústias. Sabemos que não isso não é verdade, as pessoas vivem muito bem sem as inovações das tecnologias. Como disse Davenport em seu livro Conhecimento empresarial de 1998, "Não basta as empresas investirem em tecnologia, se elas não valorizam seus colaboradores" o que acaba prejudicando as trocas de conhecimento e informação. Para que a tecnologia seja utilizada de maneira proveitosa e traga competitividade nas organizações é preciso que as pessoas se sintam seguras diante dela e tenham uma visão colaborativa. Enfim, estamos num mundo globalizado, que se divide em produtores de tecnologia, que englobam os ditos países ricos e consumidores que importam essas tecnologias com grande defasagem. Essa necessidade tecnológica imposta na literatura dos "deuses da inovação" é uma tentativa de organizar essa explosão informacional ao qual vivemos e dentro de pouco tempo estaremos no olho do furacão do conhecimento. Mas deixo aqui minha indagação, será que todo esse avanço tecnológico irá sustentar ou mesmo controlar o turbilhão que se forma.
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