domingo, 15 de março de 2015

BIG DATA como ferramenta de Business Intelligence (BI)

BUSINESS INTELLIGENCE (BI) - CONCEITO E OBJETIVOS:


Podemos conceitualizar Business Intelligence (BI) como um conjunto de técnicas, recursos e metodologias que visa a coleta, análise, processamento e compartilhamento de informações por meio de dados desestruturados existentes em ERP’s, CRM’S, Data Warehousing (DW) e  Data Mining (DM).

O objetivo de se implantar o Business Intelligence (BI) nas organizações é interpretar o grande volume de dados, sejam os dados produzidos internamente pelas empresas ou obtidos externamente.

PAPEL DA BI NAS EMPRESAS:


O Business Intelligence (BI) é uma estratégia importante nas empresas, principalmente para vencer o excesso de informação e entender os clientes; otimizar processos e projetos e mitigar riscos com maior segurança.
O Business Intelligence (BI) tem como vantagem o suporte à decisões operacionais e estratégicas dos negócios. 

                Fig. 1 – Funções das principais ferramentas de Business Intelligence (BI) 


BIG DATA COMO FERRAMENTA DE BUSINESS INTELLIGENCE (BI):


O BIG DATA e um fenômeno relacionado ao grande volume de dados, que atualmente é um maiores problemas na vida das empresas. Portanto, um projeto de organização desses dados pode agregar uma enorme vantagem competitiva aos negócios. Investir em ferramentas de BIG DATA pode trazer boas vantagens tais como:
  •         Unificação das informações;
  •         Facilidade de Compartilhamento;
  •         Apoio à decisão;
  •         Segurança de dados;
  •         Eficiência na gestão de projetos;
  •         Informações privilegiadas.

O princípio do BIG DATA é pautado no 5 V’s:

  • Volume – quantidade de dados produzidos e que cresce de forma exponencial;
  • Velocidade – rapidez com que acessamos esses dados para atender o cliente;
  • Variedade – diversificação e formatos dos dados encontrados (imagens, vídeo, textos);
  • Veracidade – relaciona-se à autenticidade, consistência e confiabilidade dos dados;
  • Valor – está ligada ao custo x benefício, se há uma viabilidade de retorno no investimento de ferramentas de BIG DATA.

A ideia de BIG DATA é uma realidade da qual não podemos fugir, pois a quantidade de dados produzidos somente nesta primeira década do século XXI representa quase a totalidade gerada durante o século XX. 

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Redes de A a Z: parte - 2

Redes sociais:

  Quando se fala em redes sociais logo pensamos em tecnologia da informação e aplicativos de relacionamentos disponíveis na internet, tais como: Facebook, Linkedin, Twitter, Whatsapp, Tumblr e outros, o conceito vai além do aspecto tecnológico e envolve principalmente pessoas, empresas e instituições.
  Uma rede social refere-se a um conjunto de pessoas (empresas ou organizações) conectadas por relacionamentos sociais motivados por amizades, relações de trabalho ou troca de informação, sendo a representação formal de atores e suas relações (TOMÁEL, 2007).  
 Na visão de Silva e Ferreira a rede social é compreendida como um conjunto de pessoas (empresas ou instituições) interligadas por um conjunto de relações de trabalho, trocas comerciais ou informações.
  O papel das redes sociais nas organizações tem como objetivo:
·         Mapear competências de seus atores;
·         Promover a colaboratividade e aprendizagem entre os atores;
·         Criar novos conhecimentos através dos fluxos de informação presentes na rede;

Aspecto sociológico das redes sociais:

   As redes sociais se formalizam em instituições e organizações da sociedade, reproduzindo relações de poder geradas dentro de si (CASTELLS, 2010).
  Na atual sociedade da informação e do conhecimento marcada pela expansão de ocupações produtoras e disseminadoras de conhecimento, a tecnologia e suas aplicações atuam como ferramentas para melhorar gerenciamento e o processamento das informações nos ambientes organizacionais.
   As redes sociais adquirem um grande valor nesta sociedade da informação e do conhecimento, devido a capacidade de compartilhamento e troca de informações e conhecimento dos participantes da rede.
    Podemos dizer que a combinação entre informação e redes sociais geram fluxos de conhecimentos, que se movem por toda rede. Então, vivemos numa sociedade em rede e na era da informação e do conhecimentos, cujas funções e processos sociais (organizacionais) existem em torno das redes. 
  No ambiente organizacional as redes sociais funcionam como espaços de informação e de conhecimento (TOMÁEL, 2005). Nestes espaços a gestão do conhecimento deve proporcionar o aprendizado e a inovação como elemento de competividade.
   O objetivo da gestão do conhecimento no âmbito das redes é trabalhar com o conhecimento existente nas organizações, pois o conhecimento reside nas pessoas e são elas que fazem as coisas acontecerem.
Mas enfim, o que é gestão do conhecimento?

  A gestão do conhecimento pode ser conceitualizada como um conjunto de estratégias e processos de identificação, captura, compartilhamento e utilização do conhecimento tácito para identificar a competitividade. Estes processos podem ser observados na espiral do conhecimento criado por Nonaka e Takeuchi (1998) para explicar a conversão dos conhecimento tácitos (caráter pessoal, difícil de transmitir, envolve intuição, habilidades pessoais, experiências, crenças e percepções) e conhecimentos explícitos (formal, registrado, codificado, materializado em documentos, sons, vídeos, imagens). 

                    
 Fig-4: Espiral do conhecimento (NONAKA & TAKEUCHI, 1998)


    As redes sociais de informação (RSI) segue a mesma definição de redes sociais, mas com viés para circulação dos fluxos de informação. 
Para Allen et al (2007) as redes sociais de informação tem sido utilizada em estudos de fluxos de informação e conhecimento, que aplicada nas organizações permite identificar os fluxos informacionais, o papel dos atores e os relacionamentos que compõem as redes informais.
   Ao fazer a análise dessas redes sociais de informação podemos identificar e visualizar grupos de trabalhos, divisões internas destes grupos e os atores centrais e periféricos.   

Análise de Redes Sociais (ARS):

   A análise de redes sociais (ARS) é uma ferramenta metodológica importante para estudar os relacionamentos sociais e organizacionais que fomentam o compartilhamento da informação e do conhecimento nas redes.
  A análise das redes sociais como método permite gerenciar os conhecimentos até então desconhecidos pelas organizações. Pois com a ARS podemos identificar e analisar os fluxos de informações entre os atores da rede.
   
Análise de redes sociais em organizações:

  Conhecida como redes organizacionais, trata-se de um modelo de rede em que os nós são os funcionários e as ligações entre eles representam as relações sociais e os fluxos de informação. Essas redes se caracterizam pela:
  •        Dinamicidade;
  •            Estratégias;
  •              Infraestrutura;
  •             Fluidez presente nas trocas de informação;

    Se quisermos melhorar o fluxo de conhecimento nas organizações, precisamos compreender os padrões de interação, os papeis dos atores, a quantidade de ligações entre as pessoas e os gargalos existentes nas redes, portanto tal compreensão virá da análise de redes sociais como metodologia de pesquisa.
    A Análise de Redes Sociais (ARS) tem como objetivo identificar o posicionamento e as relações dos sujeitos em uma rede. As relações dentro dessa rede são dotadas de conhecimentos tácitos, que geralmente precisam ser gerenciados para obtenção das melhores práticas organizacionais.

Redes colaborativas:

  Constituídas por indivíduos, em grande parte autônomos, distribuídos geograficamente e heterogêneos culturalmente e organizacionalmente as redes colaborativas permitem que a informação e o conhecimento possa ser compartilhado, gerando novos conhecimentos e além de alavancar o aprendizado.
   A colaboração dentro das redes nasce da vontade de seus participantes compartilharem informações e conhecimentos.
Numa abordagem voltada ao contexto empresarial, Podolny e Stuart (1995) sugerem que redes informais possibilitam a troca de recursos como experiências e a difusão de informações estratégicas associadas ao trabalho, permitindo a definição de normas e identidade de uma empresa.

   Nas redes organizacionais o fluxo de informação é o principal elemento para entendermos como são constituídos os vínculos de interação e colaboração. Os fluxos de informação movimentam e fortalecem as redes. 
   As redes colaborativas promovem na organização maior flexibilidade, inovação e eficiência, assim como qualidade de produtos ou serviços em virtude de efetivamente unir competências.
 

Referências:

ALLEN, J et al. Formal versus informal knowledge networks in R&D: a case study using social networking analysis. R&D management, v.37, n.3, p.179-196, 2007.

CASTELLS, M. Redes sociais e transformação da sociedade. In: Cadernos Ruth Cardoso. Centro Ruth Cardoso, p.86-96, 2010.

NONAKA, I; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na empresa: como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

PODOLNY, J. M; STUART, T. E. A role-based ecology of technological change. American Journal of sociology, v.100, p.1224-1260, 1995.

SILVA, A. B. O; FERREIRA, M. A. T. Gestão do conhecimento e capital social: as redes e sua importância para as empresas: Londrina: Informação & informação, v.12, n. esp, 2007.

TOMAEL, M. I. Redes sociais, conhecimento e inovação localizada. Londrina: Informação & informação, v.12, n. esp, 2007.

TOMAEL, M. I. Das redes sociais à inovação. Brasília: Revista ciência da Informação, v.34, n.2, maio/ago. 2005.

TOMAEL, M. I; MARTELETTO, R. M. Redes sociais: posição dos atores no fluxo de informação. Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação, n. esp, p.75-91, 1º sem 2006: VI ENANCIB.  

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Redes de A a Z: parte - 1


Neste estudo procuramos apresentar em partes as origens, os conceitos e definições e  a importância das redes nas organizações e sua relação com a gestão do conhecimento e aprendizagem dentro das empresas com intuito de criar um ambiente colaborativo. 

"O conhecimento é intrínseco ao ser humano, então se as redes de conhecimento são dotadas de pessoas, são elas que fazem as redes. Não há rede social sem pessoas".


Redes - definição e conceito:

A definição do termo rede sugere fluxo, movimento, que é composta pelos elementos:
  •      Nós ou atores – colaboradores de uma organização, capital humano, pessoas;
  •           Vínculos ou relações – ligação entre um ator e outro;
  •           Cliques;
  •           Centralidade – distâncias entre um ator e outro;
  •           Fluxos – evento que se manifesta numa relação.

Os atores ou nós são as pessoas ou organizações que se comunicam-na rede.  Já os cliques são os atores (nós) mais fortes diretamente ligados aos outros atores.
A centralidade é um elemento quantitativo utilizado para medir a posição que um ator (individuo ou organização) ocupa em relação as trocas de informação e conhecimento na rede.

O conceito de rede na visão de Tomáel e Marteleto (2006) se pauta na representação formal de atores e suas relações. A figura-1 representa um modelo de rede, onde os círculos são os atores e as setas as relações entre esses atores. 

Fig. 1 - exemplo de representação formal nas redes. 

Uma rede pode ser entendida como grupos de indivíduos que se relacionam com um fim específico, caracterizando-se pela existência de fluxos de informação. Geralmente as redes são estruturas invisíveis, informais, dotadas de conhecimento tácito, sendo um conjunto de conexões ocultas que visam a comunicação, ajuda mútua, emergindo partir de interesses compartilháveis. As redes como estrutura social é composta por indivíduos, organizações, empresas e sistemas de informação conectados por relações de amizade, familiares, comerciais, que desencadeiam fluxos provenientes do compartilhamento de informações e conhecimento. Sobre as conexões presentes nas redes, observa-se que os atores como maior números de conexões estão expostos a mais informações e de natureza diversificada. Esses indivíduos mais conectados e com mais relações têm a possibilidade de serem mais influentes.

As redes podem ser:

  •  Centralizadas – com estrutura hierárquica, que possui um nó central, ao ser eliminado afeta toda rede. 

Fig-2: exemplo de rede centralizada – forma estelar 
Na rede centralizada a informação e o conhecimento se concentra em um único ator, que detém o poder.

  •  Distribuídas ou descentralizada – forma uma malha, onde os nós tem a mesma importância entre si, e para alcançar um deles existem vários caminhos possíveis. 


Fig-3: exemplo de rede distribuída ou descentralizada – forma circular


Na rede distribuída ou descentralizada a informação e o conhecimento flui entre todos os atores de forma igualitária.


O porquê da rede?

As redes podem ser constituídas com objetivo de solucionar problemas. O propósito central das redes é reunir atributos organizacionais (pessoas) que permitam uma adequação ao ambiente competitivo de negócios. A rede é entendida como um arranjo que pode ser manejado intencionalmente com o objetivo de obter vantagem competitiva.

Natureza

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