segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O ECM nas nuvens

Nesses últimos meses eu venho estudado e discutido muito sobre as novas tecnologias de informação voltadas para a gestão de informação e do conhecimento. A que me chamou mais atenção foram as tecnologias que abordam o gerenciamento de documentos e de conteúdos empresariais, que envolvem sistemas inteligentes de indexação, localização e tratamento de documentos, além de softwares de digitalização. Mas uma pergunta ficou em minha cabeça, depois de ler sobre o ECM (Enterprise Content Management) enfim, qual é o significado real desta siglas, será que elas denominam apenas a digitalização de documentos, ou abarcam uma gama bem maior de produtos e serviços de referentes ao mundo da gestão documental. Se ECM é muito mais que capturar, catalogar, indexar, digitalizar e fornecer conteúdos e documentos empresariais, o que mais essas letrinhas podem fazer no mundo da documentação. Ao aprofundar em minhas pesquisas e buscar uma leitura mais consistente sobre o assunto em revistas especializadas e livros pude perceber que a Gestão de Conteúdos Empresariais ou EMC (em inglês) não é somente tecnologia, mas sim uma solução ampla que envolvem processos de gerenciamento de registros, workflow, taxonomias, web semântica, GED, Portais Corporativos, BPM, BPO e BI além de contemplar as normas internacionais para organização de arquivos e documentos. O maior passo da ECM foi a capacidade de integrar sistemas de arquivos e armazenamento, base de dados, colaboradores, gerentes e diretores, departamentos e até mesmo empresas numa rede de informações baseada na rapidez e eficiência. Com o advento da Cloud Computing (Computação nas Nuvens) como uma tecnologia que coloca software, plataforma e infraestrutura como serviço, que são SaaS, PaaS e IaaS, a ECM ganha um novo fôlego, pelo fato dos custos com hardware, software, servidores e banco de dados serem minimizados. A "Cloud" permite que os documentos sejam acessados, transferidos, utilizados de qualquer computador em rede numa fração de segundos. Os documentos digitalizados e colocados nas nuvens podem ser indexados por meio de palavras-chaves, data, título e agrupados por assunto. No BPM (Gerenciamento dos processos de negócios) a ECM por meio de ferramentas de modelagem permite a empresa desenhar suas estruturas e processos de informação e monitorá-las de forma inteligente, melhorando o fluxo de conhecimento dentro da empresa. A gestão inteligente destes fluxos envolvem a captura e uso de informações contidas nos grupos de documentos; Inclusão de instrumentos de indexação de documentos. Eu esgotaria meu tempo aqui para apresentar, debater, demonstrar O ECM em detalhes, o que é impossível pela magnitude dessa ferramenta que agrega uma série de sub-ferramentas, estruturas, processos que ainda é desconhecido pela maioria das empresas brasileiras.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

As redes como sistemas vivos

Essa semana ao ler o livro Conexões Ocultas do físico Fritzjoff Cappra, que por sinal é uma obra de excelente qualidade que todos deveriam ler, passei a compreender a importante relação existente entre as redes não só em seu aspecto social, mas também sob o ponto de vista biológico e tecnológico. Ao delinear estes três aspectos, Cappra cita Maturana e Varela a respeito da teoria da "Autopoiese" que dizem que os sistemas vivos são redes autossuficientes e se organizam e reorganizam conforme sua necessidade. Portanto esses sistemas biológicos podem servir para ilustrar as redes nos aspectos sociais e tecnológicos. As redes vista sob a ótica social tornaram-se um canal importante de comunicação entre as pessoas. Nas comunidades científicas as redes têm um papel preponderante na divulgação de pesquisas, nas trocas de conhecimento e informações. Além disso, a velocidade dessas informações diminuíram de maneira absurda com o advento dessas redes. Ainda no âmbito social, as redes aproximaram as pessoas das discussões políticas e de cunho mais polêmico, como exemplo podemos citar o uso de sementes transgênicas na produção agrícola, que gerou uma comoção por parte dos pequenos produtores rurais, consumidores, ambientalistas e pesquisadores em relação aos malefícios que essas sementes poderiam acarretar a saúde das pessoas e ao solo. Por aí, podemos ver que as redes assumiram um papel de porta voz para aqueles que antes nunca haviam sido ouvidos. Tecnologicamente as redes são um meio físico dotados de cabos de fibra ótica ou ondas de rádios captadas por meio hardwares e softwares (modens, roteadores e cabos que subdividem essas redes em sub-redes). É justamente essa rede tecnológica que permite a existência das redes sociais, mas sem as pessoas a rede tecnológica não existe, ou seja, é uma relação de interdependência. Essa interdependência gera uma complexidade e interatividade entre o homem e a máquina. A interação homem-máquina dentro das redes ultrapassou os limites sociais e tecnológicos, passou a abranger o mundo das organizações, pois grandes empresas viram na rede uma possibilidade de aumentar seu mercado e tornarem-se mais competitivas. Essas redes empresariais passaram a dominar o espaço cibernético com novas fórmulas publicitárias e design atraentes que chamam a atenção dos consumidores. Mas infelizmente, esse novo modelo de publicidade, não resolveu o velho problema das formas de produção pautada na linearidade, que geram resíduos poluentes nocivos ao meio ambiente. Assim pode-se concluir que as redes na verdade são sistemas vivos que produzem informações e conhecimentos, mas que ainda não sabem de forma eficiente e eficaz onde alocar seus produtos e dejetos, dessa forma tornar seu aspecto linear em um fluxo cíclico contínuo, da qual tudo pode ser reaproveitado.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

A necessidade tecnológica no turbilhão do conhecimento

Pesquisadores, filósofos, futurólogos e cientistas de diversas áreas têm apontado que a tecnologia em sua generalidade têm trazido para a sociedade grandes benefícios em termos de informação e conhecimento, já em relação as empresas as tecnologias significaram maior produtividade e ganho de competitividade. O avanço tecnológico, principalmente no campo da ciência da computação e da informação, com o desenvolvimento de softwares inteligentes, motores de buscas, cloud computing, Banco de Dados e outros. Uma outra área que merece ser destacada é a engenharia médica, com inovação em aparelhos e sistemas que permite um diagnóstico preciso e assim indica o melhor tratamento para as doenças. A inovação tecnológica tornou-se um indicador de extrema relevância para crescimento de uma nação. Os países que possuem um alto grau de desenvolvimento tecnológico são aqueles que detêm os melhores índices de qualidade de vida, tais como: o menor grau de mortalidade infantil, maior nível de escolaridade, a renda é distribuída de maneira igualitária e os serviços públicos atendem de forma satisfatória. Isso seria a realidade desejada, mas países como a China, Índia, México e mesmo o Brasil começaram uma nova corrida para a inovação e o desenvolvimento de novas tecnologias, no entanto os indicadores de qualidade de vida não subiram na proporção adequada, não que ocorresse esse aumento, mas ele foi bem menor. Então, o que essa disparidade entre inovação tecnológica e desenvolvimento humano poder gerar no futuro de uma nação? podemos dizer de uma maneira menos acadêmica, que teremos uma massa de excluídos não só digitais, mas sim um grupo de seres humanos destituídos das necessidades mais básicas, que engloba a alimentação, saúde, moradia e principalmente o emprego. Este último quesito como mola mestre de qualquer economia pode desonerar o estado, quando não há contribuintes e ao mesmo tempo gerar um estado fraco em termos de recursos e investimentos. A inovação tecnológica depende de recursos e investimentos, sua grande maioria provêm de empresas privadas que criam produtos e serviços para atender o mercado consumidor. Na outra ponta, a necessidade da tecnologia pelas pessoas foi algo implantado pela indústria, principalmente pelo grande apelo publicitário e campanhas de marketing milionárias, gerando no íntimo da pessoas uma falsa sensação de que tudo que é tecnológico vai aliviar os desejos e angústias. Sabemos que não isso não é verdade, as pessoas vivem muito bem sem as inovações das tecnologias. Como disse Davenport em seu livro Conhecimento empresarial de 1998, "Não basta as empresas investirem em tecnologia, se elas não valorizam seus colaboradores" o que acaba prejudicando as trocas de conhecimento e informação. Para que a tecnologia seja utilizada de maneira proveitosa e traga competitividade nas organizações é preciso que as pessoas se sintam seguras diante dela e tenham uma visão colaborativa. Enfim, estamos num mundo globalizado, que se divide em produtores de tecnologia, que englobam os ditos países ricos e consumidores que importam essas tecnologias com grande defasagem. Essa necessidade tecnológica imposta na literatura dos "deuses da inovação" é uma tentativa de organizar essa explosão informacional ao qual vivemos e dentro de pouco tempo estaremos no olho do furacão do conhecimento. Mas deixo aqui minha indagação, será que todo esse avanço tecnológico irá sustentar ou mesmo controlar o turbilhão que se forma.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A análise das redes sociais no modelo de negócios


Com grande desenvolvimento da Internet nesse século XXI, o aparecimento de ferramentas voltadas para construção das redes sociais tem se tornado um fenômeno. No entanto a ideia das redes sociais não é tão jovem assim, já vem sendo estudado por vários cientistas sociais, da informação, analistas da computação, especialistas em sistemas de informação, administradores e até físicos, com objetivo de entender a comunicação e o relacionamento entres as pessoas. Na análise da redes sociais são observados aspectos como: as ligações ou elos, que podem ser fracos ou fortes dependendo das relações entre os indivíduos - por exemplo se o indivíduo A está ligado a B, C, D ou E, quantos mais ligações tiver ele será forte, então esse indivíduo é tido como o centro da rede. No entanto aqueles que possuem um menor número de ligações, denominá-se ligação fraca, dessa forma encontra-se na periferia da rede. A figura abaixo mostra detalhadamente essa relações presente nas redes sociais, cujo os pontos nas cores verdes, amarelo e lilás demostram centralidade e maior número de nós, ao passo que os pontos azuis e vermelho representam indivíduos mais periféricos e com menor grau de ligação.
Figura: Representação de uma rede social e suas ligações

Mas enfim, por que as redes sociais se tornaram tão comuns com advento da Internet? É por que as empresas estão adotando-as como um instrumento de negócios? Tais perguntas são essenciais para uma boa análise de redes no âmbito pessoal e organizacional. Num primeiro momento, temos que compreender que as redes sociais é um fenômeno sociológico, que envolve questões culturais e etnográficas ou seja, a rede vai se formar por afinidades entre as pessoas, que podem ser religiosas, étnicas. No aspecto comportamental a rede é uma maneira das pessoas vencerem seus desafios, mostrarem suas angústias e até mesmo de encontrar novos indivíduos, dessa forma não ficarem tão isoladas do mundo. Isso faz com que a cada dia as redes sociais ganhem mais adeptos, tornando-se tão popular. Por isso a rede social é considerada uma ferramenta que está imbricada no campo da ciência social, sem esquecer que também faz parte de outros campos do conhecimento, como a ciência da computação, engenharia, física, etc. Mas nenhuma outra área do conhecimento a usou tão bem quanto a ciências da administração, mais precisamente o marketing e a gestão de negócios. Os especialistas em marketing, vendas, propaganda e publicidade observaram nas redes sociais um enorme potencial de negócio, justamente pelo seu caráter colaborativo e a facilidade de disseminação das informações encontradas nos perfis postados. Pois, cada perfil é um grande arcabouço de informação, dele se retira características, que servem como um banco de dados pronto para desenhar produtos personalizados, com alto grau de consumo. Esses produtos devidamente personalizados são colocados nas páginas das redes sociais endereçados diretamente ao perfil. Por exemplo, o Linkedin, Facebook, orkut são as redes mais populares no mundo é sabiamente analisam não só a características da rede em si, mas de cada participante. As mensagens postadas são avaliadas é seu conteúdo pode servir de parâmetro para as empresas de publicidade. No mundo corporativo, parecem que as empresas encontram o seu modelo de negócios na internet, baseado nas redes sociais, que ganhou uma nova denominação redes empresariais. O que ocorre de fato é que antes tínhamos uma rede de relacionamento (Networking) num mundo físico, com pequenos agrupamentos e uma propaganda mais local, ou seja, era uma rede real. Mas agora caminhamos pelo mundo virtual, da cibercultura de Pierre Levy, onde tudo se ampliou com o advento Internet. Os homens de negócios e as empresas perceberam que não poderiam ficar de fora deste grande mercado e tão competitivo.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O vento frio de sua voz

Ah, esse frio que não passa nem aquece minha alma. Nessa noite tenebrosa sinto o sereno cair em meu corpo tão fatigado pelo tempo Escuto as vozes do vento Enquanto lá fora tudo se desmancha Essas vozes se fazem mais estridentes Me latejam de medo e êxtase, Ah, como eu queria você aqui sentada nessa cadeira, com seu vestido branco e poder sentir sua pele rosada em meu corpo nu aquecido pelo teu prazer.  Não teria mais medo e assim nasceria o alvorecer. Mas grito pelo teu nome É tudo se desmancha no ar como os castelos de areia. Não há mais você, o que fica são imagens perdidas no tempo. Mas ainda sinto o sussurrar de sua voz no frio vento.


terça-feira, 2 de agosto de 2011

O que move o Brasil

Brasil agora é uma verdadeira locomotiva movida pela força de seu povo, com um governo que preserva os ideais sociais e acredita que o crescimento do país está na geração de emprego e renda. Até mesmo os grandes grupos empresariais se renderam a uma sina antiga, que para crescer era necessário um sistema econômico, cujo ganho estaria atrelado aos altos juros e preços, que provoca um quadro inflacionário, quem paga por isto é a sociedade, que convivia com a pobreza extrema, desemprego, baixos salários e o poder de compra comprometido pela hiperinflação. Este governo ainda está se construindo, mas suas mudanças são visíveis, principalmente pelo fato de passarmos de devedores para credores de uma dívida impagável. No entanto, o que move um país é seu povo, que gera riqueza com suor do trabalho, além disso estamos desenvolvendo tecnologias, capacitando pessoas, vimos que nossa verdadeira vocação esta nas usinas de bio-combustíveis extraídos de matéria-prima simples presentes no quintais brasileiros, tais como: óleo de mamona, cana de açúcar e muitos outros, que permitirá a geração de renda e concomitantemente desacelerar a emissão de gases poluentes na atmosfera, ou seja, o Brasil será um dos poucos países a contribuir efetivamente com o meio ambiente e ao mesmo tempo obter grande receitas com a venda de energia limpa e renovável. Para que tal fato se concretize é preciso ações imediatas e reais de toda sociedade, a qual o cidadão deve cobrar das autoridades e políticos ações de melhoria seja de seu bairro ou cidade. A participação deve ser constante, mas a conscientização torna-se eficaz quando se trata de mobilizar os outros.


Natureza

Natureza