Há sim na política bandido de estimação e não me venha convencer do contrário. Coloco em pauta tal afirmação, diante do carreamento de dinheiro de empresários que escolheram apoiara a antipolítica, o banditismo real que ocorre na atualidade de nosso país. Eles dotaram como animal de estimação a bizarrice de um ninguém, o verdadeiro projeto da não política. com isso, a vedete da política encontra-se no seu total perecimento, numa morte eminente.
Já não basta mais ter nos quadros da representação política as subcelebridades, jogadores de futebol fracassados, atores pornôs, cantores de segunda categoria, participantes de reality show. Agora a sociedade tem que engolir a seco a presença de bandidos, criminosos condenados travestidos de coach, ou seja indivíduos que tentam repassar seu fracasso para outras pessoas através de ações "nonsense" e dessa forma vender-se como um produto que seja a panaceia para todos os males.
O que é mais intrigante está no fato da população aceitar e até mesmo normalizar as condutas ilícitas deste tipo de candidato e nele ainda votar. Atitude um tanto jocosa, que acaba reverberando no mundo midiático. Enfim a mídia vive de espetáculo e as atitudes escarniosas geram grandes audiências. Será isso a nova política? a política da não política, na qual não se discute mais no campo da ideias, dos projetos e programas. Então, o que sobra é apenas a destruição completa do oponente por meio da galhofa, do deboche. E o que fica - são as ofensas, e o ódio. O mais completo descaso com a população. Tudo isso acompanhado por uma mídia espetaculosa sedenta por fama e audiência. Verdadeiro show de horrores propagado pela ignorância e desconhecimento das metralhadoras verborrágicas que nada tem a oferecer a sociedade.
Ter nas mãos energúmenos apolíticos ou melhor, detratores da política que só almejam cargos servem de trunfo a grupos de empresários apoiadores mal-intencionados, justamente para manipular as cordas de suas marionetes. Para esses empresários não interessam o fazer político, e sim realizar o jogo do capital. Ou seja, obter as benesses do poder para ampliar sua riqueza. trata-se de um jogo nada democrático, cujo único perdedor é a população carente de serviços público.
Não se discute mais a cidade, a sociedade e o povo. A política tornou-se um espaço de zombaria, de bagunça, que não agrega mais a vontade daqueles que nela um dia enxergaram um instrumento de desenvolvimento econômico, de construção social voltados para projetos futuro. Nem se que há mais futuro. O que ficou - foi um vazio de ideais e da boa e velha disputa. O poder foi jogado no lamaçal por aqueles que corroem as estruturas da democracia e tentam minar as instituições republicanas. Por parte da mídia os debates ficaram esvaziados, enquanto sobram apenas golpes, socos e trocas de farpas linguísticas sem qualquer conteúdo relevante para os desejosos de boas propostas.
Na não política atual sobrou apenas o câncer antiético da bandidagem, juntos aos empresários nefastos que tomaram de assalto os espaços políticos para criar antipolítica. Ou melhor a não politica. Assim vemos nascer dentro do espectro político todo tipo de grupo que tem como objetivo destruir a própria política. Daí surge a milícia, as organizações criminosas, igrejas evangélicas caça-níquel com sua bancada "ultra- conservadora", grileiros de terras, entre outras. E o banditismo invadindo os meandros da política.
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