quinta-feira, 7 de junho de 2007

Um pesar na conscência

Quanto tempo acreditei que poderia viver sem culpa, isento de qualquer sentimento, principalmente aquele, que por mais pequeno que fosse, não atingiria ninguém, jamais soube retribuir o carinho que recebia daquelas pessoas, que realmente me amavam. Hoje vejo com pesar, que poderia mudar o rumo da minha história, fazer com que as coisas mudassem, amar mais, sem nada em troca. Buscamos o tempo inteiro o olhar do outro, no entanto não olhamos para nos mesmos. Quando nos deparamos diante do espelho, vemos um ser estranho, patético, cheio de problemas e neuroses. Então, nos percebemos seres doentes, que precisa de ajuda e carinho. Talvez uma atitude de autopiedade e vitimização, a todo momento queremos ser dignos de dó. Tudo isso cria um pesar verdadeiro, que nos faz descaminhar pela estrada da vida, todavia nos enche cólera, desamor e egoísmo. O Ser deve superar a si próprio, sair da condição de vítima e se humanizar com a fragilidade dos outros. Esta é uma rota contraditória, sendo que a maioria prefere ir pelo lado que mais convém, em partes, aquelas onde só se ganha.


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Natureza

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