Quanto tempo acreditei
que poderia viver sem culpa, isento de qualquer sentimento, principalmente
aquele, que por mais pequeno que fosse, não atingiria ninguém, jamais soube
retribuir o carinho que recebia daquelas pessoas, que realmente me amavam. Hoje
vejo com pesar, que poderia mudar o rumo da minha história, fazer com que as
coisas mudassem, amar mais, sem nada em troca. Buscamos o tempo inteiro o olhar
do outro, no entanto não olhamos para nos mesmos. Quando nos deparamos diante
do espelho, vemos um ser estranho, patético, cheio de problemas e neuroses.
Então, nos percebemos seres doentes, que precisa de ajuda e carinho. Talvez uma
atitude de autopiedade e vitimização, a todo momento queremos ser dignos de dó.
Tudo isso cria um pesar verdadeiro, que nos faz descaminhar pela estrada da
vida, todavia nos enche cólera, desamor e egoísmo. O Ser deve superar a si
próprio, sair da condição de vítima e se humanizar com a fragilidade dos
outros. Esta é uma rota contraditória, sendo que a maioria prefere ir pelo lado
que mais convém, em partes, aquelas onde só se ganha.
quinta-feira, 7 de junho de 2007
Um pesar na conscência
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