A linguagem como
atividade intrínseca ao homem busca estabelecer relações, que inclui também as
relações econômicas servindo às estratégias do mercado financeiros. Assim diz
Fumagalli (2002, p.67) a respeito da linguagem como uma expressão de ação
simbólica mediada pelo domínio cognitivo e pela fala, sua performance está
contida no âmbito do imaterial, ou seja, sem um suporte físico que o sustente.
Bem, podemos dizer que
os meios de comunicação de massa são dotados de signos e símbolos, onde o mercado
financeiro viu na apropriação da linguagem um meio de atrair cada vez mais
investidores com a promessa de enriquecimento.
Os signos e símbolos,
como elementos da linguagem assumem uma enorme relevância para construção
ideológica, que pode ser bastante nociva à sociedade conforme utilizada.
Na Europa e na ex-URSS, a radiofusão cumpriria um
papel muito mais político e ideológico, de construção de coesão internacionais
num ambiente marcado por graves conflitos internacionais e intranacionais, do
que articulação da produção social geral, como ocorreu nos EUA. (DANTAS, 2002,
p.138).
Os meios de comunicação
de massa, além de ser o porta-voz das questões políticas e soberanas dos
Estado-nações, irão desempenhar uma função preponderante no processo de
financeirização, produzindo uma falsa racionalidade no mercado financeiro que
induz o comportamento do investidor.
No mercado financeiro –
entretanto - o comportamento destes investidores segue o que chamamos de efeito
manada, ou seja, a busca irrefreada de liquidez e maiores ganhos, que na
maioria das vezes não se concretiza. A referência de alta ou de queda no preço
de um ativo financeiro, no curto prazo estão muito mais vinculadas às opiniões
e informações meramente assimétricas de fontes duvidosas. Pois o mercado
financeiro tem sérios problemas psicológicos, sendo um ente bipolar, que as
vezes entra num estado de euforia, mas poucas horas depois afunda-se numa
completa depressão.
Essa bipolaridade do
mercado financeiro, talvez possa ser explicada por Fumagalli (2002, p.64)
quando fala em racionalidade bioeconômica, onde os indivíduos iludem-se nos
seus investimentos e tornam-se presas de uma manipulação cognitiva. Esse uso da
linguagem nos mercados financeiros é proposital para aquecer a acumulação do
capitalismo cognitivo.
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