O conceito de rede social não é algo novo, construído pela tecnologias da informação e comunicação (TICS). Ela tem seu viés no campo sociológico, que busca compreender as interações humanas e os relacionamentos entre atores sociais. Filósofos, sociólogos, economistas e outros tantos profissionais procuraram entender as redes sociais como mecanismo de trocas informacionais e como instrumento de participação e pertencimento. O individuo seja consciente ou inconscientemente tem a necessidade de estar incluso em um grupo quer por afinidade ou mesmo pela vontade de pertencer em algo que lhe dar prazer. Este conjunto ou agrupamento de seres formam uma rede de interesses convergentes. No interior dessas redes as interações podem ser intensas e duradouras, ou mesmo, efêmeras e dispersas. Os estudos em redes sociais busca avaliar as interações e os fluxos de informação entre os atores que dela participam, daí nasce a análise de redes sociais (ARS) com a proposta de entender seus mecanismos tais como: ator, nós, ligações (links), centro, periferia, audiência, distâncias. A relação destes mecanismo permitem-nos compreender o comportamento dos atores e a sua atuação. Já os "links" e "nós" de uma rede é o modo de fluição das informações e conhecimentos que por ela perpassa, pois depende da quantidade de trocas informacionais. A intensidade das trocas de informação ou conhecimento determinará a posição e nas ligações de um ator na rede. Pois um ator que tem o papel central na rede provavelmente terá uma quantidade maior de links, do que aquele que está na periferia. Podemos dizer que o número de links e nós é um fator determinante para o fluxo de informações e ampliam as trocas de conhecimentos entre as pessoas. Atualmente, no âmbito da análise de redes socais (ARS) a tecnologia da informação e comunicação abriu um enorme caminho para que a ideia de rede social fosse transportada para o mundo virtual. Isso ofereceu mais subsídios ao estudo das interações e fluxos informacionais entre atores da rede. Com apoio da TICS percebeu-se uma reestruturação na forma de configuração das redes, tornando-as mais distribuídas, ou seja, não há mais um nó central, que a ordena. Nas redes distribuídas a informação flui de maneira rápida e sem a retenção de conhecimento, por que as trocas são múltiplas, não existindo a centralização de um comando que envia, recebe e distribui informações. As redes sociais sofreu grandes mudanças com a internet, se antes elas eram mais físicas e dotadas de caráter humano, agora vive no ciberespaço, na virtualidade. Mesmo assim a participação dos grupos sociais mantém-se ou talvez até ampliaram-se, basta vermos as manifestações, reivindicações e atos públicos que aglomeraram milhões de pessoas em todo mundo. Este fenômeno que encheram as ruas só foi possível através da ampliação das redes sociais no ciberespaço. Podemos dizer que a rede social tornou-se um importante instrumento de luta e conquista social. No entanto, a beleza da rede esconde uma questão polemizada por pensadores como Zygmunt Bauman sobre o fato da liquidez das relações e interações humanas. Vivemos em uma sociedade em que as relações estão cada vez mais superficiais e efêmeras e isto não é diferente no mundo virtual, na qual tudo é dinâmico. Entender as redes sociais requer de nós um conhecimento sobre as relações humanas, compreender o indivíduo e suas necessidades e talvez sabermos que a tecnologia não é uma solução única para resolvermos estes problemas. O ideal é retiramos das redes sociais o potencial que ela pode oferecer em termos interação, fluxo de informação. Pois, as força nas interações e nos fluxos informacionais aumentam a audiência e a participação. Observa-se, principalmente quem tem aproveitado desta participação nas redes sociais são os grupos políticos, ao fazer dela um palco de campanha para as eleições. Portanto, o uso da rede na política abriu um espaço de participação, que permite conhecermos propostas, sugerirmos ideias, aceitar ou não um programa de governo. No aspecto político o uso das redes ampliou o espaço democrático para que aqueles que não tinham voz pudessem expor seus sentimentos, angustias, desejos e participar como cidadão.
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