quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Redes de A a Z: parte - 1


Neste estudo procuramos apresentar em partes as origens, os conceitos e definições e  a importância das redes nas organizações e sua relação com a gestão do conhecimento e aprendizagem dentro das empresas com intuito de criar um ambiente colaborativo. 

"O conhecimento é intrínseco ao ser humano, então se as redes de conhecimento são dotadas de pessoas, são elas que fazem as redes. Não há rede social sem pessoas".


Redes - definição e conceito:

A definição do termo rede sugere fluxo, movimento, que é composta pelos elementos:
  •      Nós ou atores – colaboradores de uma organização, capital humano, pessoas;
  •           Vínculos ou relações – ligação entre um ator e outro;
  •           Cliques;
  •           Centralidade – distâncias entre um ator e outro;
  •           Fluxos – evento que se manifesta numa relação.

Os atores ou nós são as pessoas ou organizações que se comunicam-na rede.  Já os cliques são os atores (nós) mais fortes diretamente ligados aos outros atores.
A centralidade é um elemento quantitativo utilizado para medir a posição que um ator (individuo ou organização) ocupa em relação as trocas de informação e conhecimento na rede.

O conceito de rede na visão de Tomáel e Marteleto (2006) se pauta na representação formal de atores e suas relações. A figura-1 representa um modelo de rede, onde os círculos são os atores e as setas as relações entre esses atores. 

Fig. 1 - exemplo de representação formal nas redes. 

Uma rede pode ser entendida como grupos de indivíduos que se relacionam com um fim específico, caracterizando-se pela existência de fluxos de informação. Geralmente as redes são estruturas invisíveis, informais, dotadas de conhecimento tácito, sendo um conjunto de conexões ocultas que visam a comunicação, ajuda mútua, emergindo partir de interesses compartilháveis. As redes como estrutura social é composta por indivíduos, organizações, empresas e sistemas de informação conectados por relações de amizade, familiares, comerciais, que desencadeiam fluxos provenientes do compartilhamento de informações e conhecimento. Sobre as conexões presentes nas redes, observa-se que os atores como maior números de conexões estão expostos a mais informações e de natureza diversificada. Esses indivíduos mais conectados e com mais relações têm a possibilidade de serem mais influentes.

As redes podem ser:

  •  Centralizadas – com estrutura hierárquica, que possui um nó central, ao ser eliminado afeta toda rede. 

Fig-2: exemplo de rede centralizada – forma estelar 
Na rede centralizada a informação e o conhecimento se concentra em um único ator, que detém o poder.

  •  Distribuídas ou descentralizada – forma uma malha, onde os nós tem a mesma importância entre si, e para alcançar um deles existem vários caminhos possíveis. 


Fig-3: exemplo de rede distribuída ou descentralizada – forma circular


Na rede distribuída ou descentralizada a informação e o conhecimento flui entre todos os atores de forma igualitária.


O porquê da rede?

As redes podem ser constituídas com objetivo de solucionar problemas. O propósito central das redes é reunir atributos organizacionais (pessoas) que permitam uma adequação ao ambiente competitivo de negócios. A rede é entendida como um arranjo que pode ser manejado intencionalmente com o objetivo de obter vantagem competitiva.

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