A vida digital proposta
por Nicholas Negroponte em seu livro datado de 1995 mostra os princípios das
novas tecnologias que estavam se adentrando nas casas das pessoas. O autor
sugere uma mudança de um mundo atômico para os de bits, ou seja, onde a
informação é nova moeda de troca nesse capitalismo cibernético. Sabemos que
desde 1995 até agora as previsões de Negroponte foram além daquilo colocado em
seu livro, já ultrapassamos a casa do 9600 bps na velocidade de conexão das
redes, atualmente falamos em Mbps ou Gbps; os CDs com sua capacidade de 700Mb
foram ultrapassados pelos DVDs, Pen-drives, HDs externos com capacidade para 3
terabytes; a TV digital ou HDTV se concretizou e expandiu para vários países
emergentes como Brasil, China, Índia, Argentina e outros. De fato estamos
vivenciando a vida digital, por que as empresas enxergaram que havia uma
necessidade das pessoas em consumir produtos e serviços de fácil utilidade.
Estes serviços ou produtos tecnológicos teriam de apresentar uma interface
simples e de alta navegabilidade por parte do usuário, além de enviar e receber
mensagens de maneira rápida com alto grau de eficiência. A interatividade é um
fator preponderante para as pessoas se comunicarem com maior mobilidade e rapidez.
Com essa visão a indústria da tecnologia passa a perceber que a interação do
homem-máquina é a mola mestra para a criação de um novo conceito no processo
fabril pautado na alta qualidade, personalização e inovação constante, além de
uma logística baseada no "Just in time". Mas para que esse processo
fabril pudesse ser implantado, seria preciso primeiramente que as estruturas
organizacionais fossem redesenhadas e que os antigos paradigmas fossem
quebrados a fortes golpes de cutelo. Pois sabemos, que não é fácil para uma
empresa fazer mudanças, são dotadas de pessoas -gerentes, diretores e
colaboradores com pensamentos e crenças arraigadas - e tentar quebrar isto pode
gerar uma série de reações negativas que abalam toda a estrutura
organizacional. Afinal, a cultura organizacional é quem vai ditar o grau de
aprendizagem, que perpassa exclusivamente pelos grupos existentes dentro da
organização. Por outro lado, se a mudança é vista como um certo temor pelos
colaboradores, cabem aos diretores e gerentes fazer o papel de intermediador
para mostrar que o processo de mudança pode oferecer grandes oportunidades e
ampliar a comunicação entre as pessoas. Eu digo isto, devido ao fato da
tecnologia ser uma realidade que já bate a porta das empresas, ou seja, é inevitável.
Dessa forma, as pessoas queira ou não, vão ter de aprender a aceitá-la e
usá-la, do contrário serão engolidas pelo mercado de trabalho. Então se prepare
para ter uma vida digital, passe a pensar em bits e não mais em coisas
palpáveis e duradouras. Esqueça o papel, lápis e canetas, adote um e.mail, crie
suas apresentações em slides digitais, faça reuniões por meio de sistemas de
videoconferências, participe de grupos e fóruns on-line, use a intranet de sua
empresa para atividades colaborativas. Estes são alguns exemplos de como a vida
digital modificou os paradigmas da antiga estrutura organizacional e passou a
operar na chamada sociedade da informação e do conhecimento. No entanto, estou
apresentando apenas a ponta do iceberg. A verdadeira mudança vai depender
somente da sua atitude, enfim ninguém vai querer ser engolido pelas larvas do
vulcão ou vai.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Seja você também um ser digital
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