domingo, 4 de dezembro de 2022

Linguagem e capitalismo

 

A linguagem como atividade intrínseca ao homem busca estabelecer relações, que inclui também as relações econômicas servindo às estratégias do mercado financeiros. Assim diz Fumagalli (2002, p.67) a respeito da linguagem como uma expressão de ação simbólica mediada pelo domínio cognitivo e pela fala, sua performance está contida no âmbito do imaterial, ou seja, sem um suporte físico que o sustente.

Bem, podemos dizer que os meios de comunicação de massa são dotados de signos e símbolos, onde o mercado financeiro viu na apropriação da linguagem um meio de atrair cada vez mais investidores com a promessa de enriquecimento.

Os signos e símbolos, como elementos da linguagem assumem uma enorme relevância para construção ideológica, que pode ser bastante nociva à sociedade conforme utilizada.

Na Europa e na ex-URSS, a radiofusão cumpriria um papel muito mais político e ideológico, de construção de coesão internacionais num ambiente marcado por graves conflitos internacionais e intranacionais, do que articulação da produção social geral, como ocorreu nos EUA. (DANTAS, 2002, p.138).     

Os meios de comunicação de massa, além de ser o porta-voz das questões políticas e soberanas dos Estado-nações, irão desempenhar uma função preponderante no processo de financeirização, produzindo uma falsa racionalidade no mercado financeiro que induz o comportamento do investidor.

No mercado financeiro – entretanto - o comportamento destes investidores segue o que chamamos de efeito manada, ou seja, a busca irrefreada de liquidez e maiores ganhos, que na maioria das vezes não se concretiza. A referência de alta ou de queda no preço de um ativo financeiro, no curto prazo estão muito mais vinculadas às opiniões e informações meramente assimétricas de fontes duvidosas. Pois o mercado financeiro tem sérios problemas psicológicos, sendo um ente bipolar, que as vezes entra num estado de euforia, mas poucas horas depois afunda-se numa completa depressão.

Essa bipolaridade do mercado financeiro, talvez possa ser explicada por Fumagalli (2002, p.64) quando fala em racionalidade bioeconômica, onde os indivíduos iludem-se nos seus investimentos e tornam-se presas de uma manipulação cognitiva. Esse uso da linguagem nos mercados financeiros é proposital para aquecer a acumulação do capitalismo cognitivo.

Natureza

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