O Saber, as trocas de
conhecimento e experiências, a
inovação cientifica e a codificação do conhecimento tácito em explícito
(socialização dos saberes) tem toda sua base nos modelos de educação, propagado
a mais 800 anos. As universidades, escolas técnicas, centros de pesquisas,
bibliotecas, hospitais universitários, faculdades, museu e arquivos são
instituições devidamente concebidas para que o fluxo de conhecimento ocorra de
maneira formal e também informal, atuantes na produção científica e artística.
Portanto fica a pergunta, seriam essas instituições ideais para fortalecer o
capitalismo cognitivo, justamente por entregar “mercadorias” provenientes do
trabalho imaterial?
Talvez a resposta
esteja em todo contexto do livro e nos direciona uma afirmação positiva. Dado
que neste parágrafo especificamente, podemos dizer que há um interesse das
forças privatistas em adentrar por meio do capital financeiro nestas
instituições. No interior do projeto neoliberal ter em suas mãos a educação,
principalmente técnica e universitária, é uma forma de acumulação imaterial,
por sua vez expropria grande parte da população do direito à educação, já que o
Estado não tem mais o domínio sobre ela. Assim, toda pesquisa e inovação, também
como a criação de patentes não pertence mais a ordem dos comuns.