terça-feira, 20 de julho de 2021

A educação no capitalismo cognitivo


O Saber, as trocas de conhecimento e experiências, a inovação cientifica e a codificação do conhecimento tácito em explícito (socialização dos saberes) tem toda sua base nos modelos de educação, propagado a mais 800 anos. As universidades, escolas técnicas, centros de pesquisas, bibliotecas, hospitais universitários, faculdades, museu e arquivos são instituições devidamente concebidas para que o fluxo de conhecimento ocorra de maneira formal e também informal, atuantes na produção científica e artística. Portanto fica a pergunta, seriam essas instituições ideais para fortalecer o capitalismo cognitivo, justamente por entregar “mercadorias” provenientes do trabalho imaterial?

Talvez a resposta esteja em todo contexto do livro e nos direciona uma afirmação positiva. Dado que neste parágrafo especificamente, podemos dizer que há um interesse das forças privatistas em adentrar por meio do capital financeiro nestas instituições. No interior do projeto neoliberal ter em suas mãos a educação, principalmente técnica e universitária, é uma forma de acumulação imaterial, por sua vez expropria grande parte da população do direito à educação, já que o Estado não tem mais o domínio sobre ela. Assim, toda pesquisa e inovação, também como a criação de patentes não pertence mais a ordem dos comuns.  

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Em busca de uma renda básica universal

 

O conceito de renda básica universal perpassa, ou deveria perpassar por toda discussão nas agendas progressistas. Na definição de Fumagalli (p.295) a renda básica pode ser entendida como uma distribuição monetária que visa garantir ao cidadão uma vida mais digna, deve ser uma renda universal e, portanto, imbricada aos direitos humanos. 

Sobre a renda básica, Fumagalli ainda afirma que seu conceito aparece como instrumento de bem-estar social, justamente por visar a distribuição de recursos públicos e de extrema importância no contexto do capitalismo cognitivo. Como diz o próprio autor: "a renda básica não tem é um presente, um instrumento contra a pobreza, mas uma pode assumir o papel de reduzir a pobreza, além de ser funcional no processo de acumulação; incrementar a inovação e a aprendizagem, por fim desenvolver o capital humano. 

No entanto, as forças conservadoras do capitalismo cognitivo veem a política de renda básica como um elemento de desestruturação do controle hierárquico e social do sistema, já que os trabalhadores teoricamente teriam maior capacidade de negociação.

A efetivação da renda básica depende, antes de tudo, de uma ampla reforma no modelo tributário e fiscal. Uma reforma progressiva e verticalizada, cuja maior parte das contribuições venham das camadas mais ricas, na tentativa de fazer uma distribuição menos desigual possível.

Nesse momento em que o planeta foi assolado por uma sindemia, o programa de renda básica universal seria o ponto chave para combate-la, ao passo que o trabalhador não pode estar na rua e muito menos em seu ambiente de trabalho. A renda básica, junto ao lockdown seria a única alternativa capaz de liquidar o vírus.

Natureza

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