Sou um ser
que está no mundo em busca de coisas triviais, portador de ideias e sentimentos
que vagam pela cabeça, no bolso apenas pequenos papéis que me permitem
localizar luminosos de hotéis, que ficam para trás no dia seguinte. Assim
caminho pela estrada, como um ser errante que não mais acredita na riqueza e no
excesso do capitalismo, lá vou eu sem um amor verdadeiro, apenas paixões
dilacerantes, efêmeras como o sol da manhã de inverno. Estou no mundo, nesse
mundo grande e velho, que não gira em torno de mim, mas minha cabeça gira com
pensamentos maiores que toda a galáxia. Lá se vai mais um dia onde tudo ou nada
pode acontecer, vale mesmo é buscar a sensação de felicidade.
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Estou no mundo
terça-feira, 12 de julho de 2011
O falso livre-arbítrio
As escolhas
nos pertencem, podemos andar por diferentes caminhos, no entanto aprendemos que
existe um preço a ser pago por estas escolhas. Mas o mundo em que vivemos hoje
praticamente não tem regras muito bem definidas. A sociedade está carente de
seres humanos "deusificados" que indiquem qual rumo devemos tomar.
Vivemos uma sensação de falta e excesso ao mesmo tempo, a qual pecamos pelos
excessos, não se tem mais limite do certo ou errado. Podemos observar isto na
própria mídia, que detém um grande poder sobre a sociedade, nos entupindo de
notícias e propaganda. Também somos cada vez mais vigiado pela lentes do poder,
que invadem nossas intimidades, com a premissa de nós proteger, mas de quem? se
a violência se faz mais constante em nosso cotidiano. A democracia fala de uma
liberdade, onde impera o poder da massa em reivindicar e deliberar suas
necessidades, no entanto somos calados pelo poder econômico, que nos tira a
capacidade de lutar pelas necessidades mais básicas, a de ser homens dignos e
livres. Não existe o livre-arbítrio, tudo não passa de esquema social
articulado para que façamos o jogo do capitalismo, nos dando a sensação de que
podemos livremente escolher nosso modo de vida. Mas se procuramos quebrar com o
paradigma imposto pelo "status quo" somos imediatamente colocados na
linha de fogo dos sistema. Por isso os novos deuses não tem mais lugar neste
mundo, por que eles propõem a mudança, a ruptura com as antigas amarras
colocadas a força por aqueles que possuem o poder, falsos deuses eleito pela
massa, na crença de que terão o mínimo do mínimo. A liberdade num passa de uma
ilusão, que é vendida em propaganda de carros, cigarros e bebidas. Então, todo
mundo tá feliz, com sua vida plena, mas basta olhar pela janela e ver que não
resta mais nada, além da falsa sensação de que podemos ir para onde queremos, a
hora que desejamos.