sábado, 10 de junho de 2017

Trabalho, socialismo e pertencimento: mudanças em curso

É preciso acreditar que somos capazes de realizar coisas inimagináveis, enfim a nossa humanidade permite criarmos, inovarmos e aprendermos ao longo de nossa existência. No entanto, as limitações impostas pela sociedade, família, igreja e trabalho impedem o nosso crescimento pessoal.
Então, por que algumas pessoas atingem o sucesso, tornam-se grandes empreendedores, destacando-se na sociedade. Talvez, a resposta esteja no modo de pensar e agir. A grande maioria das pessoas se realiza dentro de uma caixa, um quadrado limitado e fechado, desconhecendo os horizontes que estão além daquele mundo cúbico. No entanto, uma pequena parcela da população consegue romper as paredes da caixa e ver que há uma imensidão a ser desbravada, pois é nesta vastidão de formas geométricas que impera a oportunidade, a criatividade e a habilidade para se chegar ao sucesso.
Mas o mundo nos engana, essa ideia de vencer e alcançar sucesso, poder e riqueza são uma ilusão criada pelo mundo capitalista. Apenas os poucos que dominam os meios de produção detêm o poder, que aliada aos meios de comunicação que nos iludem com suas propagandas e notícias, fazendo com que tornemos meros consumidores de produtos, seres passivos e alienados.
A mídia capitalista cria humanos dotados de uma cegueira intelectual, homens incapazes de enxergar sua própria condição, assim, tornamo-nos alvos da inescrupulosa indústria do entretenimento, que nos faz engolir diariamente produtos, serviços e pensamentos nebulosos, desnecessário e nocivo à nossa saúde física e mental.
O mundo nos obriga a encaixarmos em padrões mentais, estéticos e sociais, que muitas vezes vão contra nossa própria vontade e desejo. Tal fato é observado nas leis, nas regras e condutas. Ou mesmo, nas opiniões e críticas vindas de outras pessoas. O fato de não seguir os padrões impostos pela sociedade, estamos fadados ao ridículo, ao bizarro; somos vistos como um ser estranho. Isto, chamamos de não pertencimento, ao passo que não nos enquadramos em nenhum lugar ou tempo. Para que sejamos aceito por uma sociedade precisamos absorver sua cultura, suas crenças, seus costumes e ritos, aprender a interpretar seus signos e códigos linguísticos. Daí nasce o princípio do pertencimento (do fazer parte de). Eu só faço parte, se houver o aceite, a submissão, o estar sujeito às regras impostas por determinada comunidade, algo comum a muitas tribos indígenas da América do sul e africanas.
O princípio marxista eclodiu pelo mundo, pregando a necessidade do homem criar uma sociedade mais igualitária e justa, que se contrapõe a exploração capitalista, cujo trabalhador é uma mera peça do sistema. O trabalho alienante, exaustivo se junta aos baixos salários e as péssimas condições de vida. Nas cidades fabris, o homem não passa de mão de obra barata, trabalhando cerca de dezesseis horas por dia, tudo isso para enriquecer os donos dos meios de produção.
Estes pobres seres humanos de certa forma, não deixam de pertencer, pois o conceito de pertencimento lhes cabe a partir do momento em que se organizam para reivindicar, dentro da proposta marxista, direitos que assegurem melhores condições de vida. A organização dos trabalhadores e suas lutas deram origem aos primeiros sindicatos e associações, passando assim a conquistar diversos direitos trabalhistas.


Os sindicatos e associações passam a agregar novas lideranças, capazes de articular contra a dominação patronal e negociar benefícios para as diversas categorias profissionais. Na totalidade desses sindicatos e associações a presença das ideologias socialistas e anarquistas é amplamente visível, muitas dessas lutas envolveram greves, paralisação de máquinas, combate entre trabalhadores e policiais. A elite juntamente com as autoridades políticas tentavam minar qualquer tipo de atitude “revoltosa” por parte dos trabalhadores. No entanto, os movimentos sindicais e as greves só cresciam. O trabalhador sindicalizado se sentia respaldado, por que não estava mais sozinho em sua luta. O pertencimento trazia segurança e conforto e dessa forma agregava força para a causa. 

sábado, 27 de maio de 2017

Engenharia Social: presença na política brasileira

Engenharia social não se trata de nenhum ramo da engenharia, suas técnicas tem como foco a extração e uso de informações pessoais ou empresariais utilizadas por hackers ou crackers no intuito de gerar prejuízo e danos. Geralmente, essas técnicas ocorrem por meio da rede mundial de computadores, a internet, a qual as informações são "pescadas" em mensagens falsas enviadas aos usuários, vírus, phishing e outros diversos meios para roubos de informação alheia. 
No entanto a técnica de engenharia social não se restringe somente ao mundo da tecnologia da informação, podendo ser denominada como qualquer tipo de ação que visa a busca de informação por meios ilícitos, causando o mal a outrem. 
No Brasil a engenharia social tornou-se generalizada, como não bastassem somente os hackers e crackers, o meio político também aderiu a essa modalidade criminosa, envolvendo os poderes executivo, legislativo juntamente com parte do empresariado, através de técnicas sofisticadas. O modo mais engenhoso desta técnica se faz por meio do discurso manipulador, que fabrica informações deturpadas e falsas. 
A grande maioria desses discursos são recheados de textos inflamados e dotados de sentimentos, assim veiculados por uma mídia inescrupulosa e aliadas do meio político e financiadas por grandes empresas, tornando as notícias em verdade absoluta. 
A classe política se apropria desses discursos para esconderem suas ações corruptas que lesam toda sociedade. Pois, todo ato de engenharia social visa enganar e pilhar as pessoas independentes do meio em que se propaga, tanto pode ser a internet, como a TV, jornal ou telefone, a finalidade é obter informação e dessa forma utilizá-la contra o usuário. 
Na mídia de uma forma geral, o meio político encontrou uma maneira de agir ilegalmente, com seus discursos que encobrem os seus esquemas fraudulentos contra os cofres públicos, assim tirando recursos destinados aos serviços sociais, tais como: saúde,  educação, assistência social, além de outros necessários à manutenção da cidadania. 
Não pense que a engenharia social está apenas no imaginário tecnológico e virtual, ou é algo presente nos filmes de ficção. Pois no meio político é uma ação antiga daqueles que desejam usufruir o bem público e criar uma máquina pública para perpetuar-se no poder, prejudicando milhões de indivíduos, usando técnicas sofisticadas de códigos, codinomes estranhos, operações bancárias, conversas truncadas via telefone para cometerem lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, fraude em licitações, além de outros crimes lesa-pátria. Depois utilizam a mídia comprada com seus discursos para dominar, iludir, enganar aqueles que se deixam acreditar por belas palavras.  
Infelizmente, a engenharia social já se tornou uma prática comum em vários países do mundo, que destrói o estado democrático de direito, invadindo a privacidade, a liberdade das pessoas e geram imensos prejuízos às empresas sérias e comprometidas com o desenvolvimento da sociedade. Mas foi no Brasil que as técnicas de engenharia social implantada, tornaram-se tão evidente, tamanha proporção dos fatos de corrupção e descaramento evidenciados nos discursos mentirosos de nossos representantes, Tal fato, permite-nos dizer que a engenharia social no Brasil é coletiva, um caso de vergonha nacional, que nem a Polícia Federal, Ministério Público, o STF tem mais como conter, simplesmente se institucionalizou. É de dar inveja a qualquer hacker.

Natureza

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