quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Laranja Mecânica: uma discussão sobre a sociedade do Espetáculo de Guy Debord

Laranja Mecânica para começar é uma obra prima do diretor Stanley Kubrick, que em sua carreira produziu e dirigiu filmes que retratam as mazelas humanas, o desgaste das relações entre as pessoas, a violência, Além de enaltecer os anti-heróis. Estes temas podem ser vistos em filmes como de Olhos bem fechados, Barry Lindon. Se observamos Laranja mecânica, ele continua um filme atual,que se aproxima muito da Sociedade do Espetáculo proposta por Guy Debord, como critica a sociedade capitalista, que gera seres desajustados e dementes preocupados apenas em satisfazer seus desejos de consumo. Portanto Laranja Mecânica faz frente a essa debilidade espiritual Debordiana, ao passo que as forças econômicas dominam a sociedade, através da alienação. Assistir Kubrick, não é só ver um filme e mergulhar na psique humana de Freud e buscar entender os desejos mais profundos da "alma" e caminhar pelos labirintos do marxismo que defrontam com a alienação e espoliação do ser. Assim podemos dizer que não só Kubrick, mas também cineastas como Godard, Truffaut e no Brasil Glauber Rocha, cada um a sua maneira utilizou o cinema como arma política e social contra o regime imposto pela elite. Enquanto instrumento para revelar as barbáries cometida pela sociedade ou mesmo cidadãos. Enfim, Laranja mecânica não dever ser assistido com desprendimento, por que ele é um filme chocante, que ainda nos faz refletir sobre a violência, a sociedade e principalmente sobre o "niilismo", que poderá abrir uma nova discussão.


Natureza

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