Laranja
Mecânica para começar é uma obra prima do diretor Stanley Kubrick, que em sua
carreira produziu e dirigiu filmes que retratam as mazelas humanas, o desgaste
das relações entre as pessoas, a violência, Além de enaltecer os anti-heróis.
Estes temas podem ser vistos em filmes como de Olhos bem fechados, Barry
Lindon. Se observamos Laranja mecânica, ele continua um filme atual,que se aproxima
muito da Sociedade do Espetáculo proposta por Guy Debord, como critica a
sociedade capitalista, que gera seres desajustados e dementes preocupados
apenas em satisfazer seus desejos de consumo. Portanto Laranja Mecânica faz
frente a essa debilidade espiritual Debordiana, ao passo que as forças
econômicas dominam a sociedade, através da alienação. Assistir Kubrick, não é
só ver um filme e mergulhar na psique humana de Freud e buscar entender os
desejos mais profundos da "alma" e caminhar pelos labirintos do
marxismo que defrontam com a alienação e espoliação do ser. Assim podemos dizer
que não só Kubrick, mas também cineastas como Godard, Truffaut e no Brasil
Glauber Rocha, cada um a sua maneira utilizou o cinema como arma política e
social contra o regime imposto pela elite. Enquanto instrumento para revelar as
barbáries cometida pela sociedade ou mesmo cidadãos. Enfim, Laranja mecânica
não dever ser assistido com desprendimento, por que ele é um filme chocante,
que ainda nos faz refletir sobre a violência, a sociedade e principalmente
sobre o "niilismo", que poderá abrir uma nova discussão.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Laranja Mecânica: uma discussão sobre a sociedade do Espetáculo de Guy Debord
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